quarta-feira, 25 de agosto de 2010

COMUNICADO ABRAM - “RAPOSAS CUIDANDO DE GALINHAS”

A ABRAM – Associação Brasileira de Motociclistas, vem a público manifestar sua total indignação com a hipocrisia instalada em determinados segmentos do setor de duas rodas, em especifico, alguns que tem ligação direta na importação, nacionalização, montagem e fabricação do veículo motocicleta no Brasil. Posto que em um momento em que lamentavelmente as ocorrências de trânsito envolvendo motocicletas vitimam cerca de 10 mil jovens por ano no Brasil, o que representa aproximadamente 27 motociclistas tragicamente mortos por dia, sendo mais de 1 a cada hora. Algumas entidades e empresas deste seguimento, ainda insistem em posar de responsáveis perante a opinião pública, realizando ações e eventos que tem sim sua importância mas, de maneira nenhuma os eximem de suas reais responsabilidades. Sendo a principal delas a Segurança Veicular, que carece de uma urgente atualização tecnológica, e indubitavelmente a Segurança Viária, como outro importante pilar a ser construído, uma vez que sabemos que as nossas vias nunca foram e ainda não são projetadas levando em conta as especificidades do veículo motocicleta, o que coloca os motociclistas em constante e eminente risco de vida.

Esse seguimento construiu enorme patrimônio à custa da popularização do veículo motocicleta no Brasil, sem jamais se preocuparem de fato com a segurança do motociclista no trânsito, o que definitivamente passa pela segurança veicular, segurança viária, educação para o trânsito, legislação, bem estar e melhoria da qualidade de vida do motociclista. Tais entidades e empresas em nome da segurança do motociclista, nunca, por exemplo, se dispuseram a deixar de vender motocicleta, motoneta e ciclomotor para quem não possui habilitação, vendem indiscriminadamente e muitas vezes escondendo que a legislação de trânsito vigente do país determina que para condução do veículo motorizado em via pública é necessário que o mesmo esteja registrado, licenciado e seu condutor devidamente habilitado.

Tais entidades e empresas se fazendo valer do seu atual poderio econômico, recebem projetos e propostas elaboradas por quem de fato se preocupa e tem compromisso com a segurança do motociclista, como é o caso da ABRAM, e depois de conhecerem as ações e propostas se manifestam favoráveis ao patrocínio ou apoio como ocorreu recentemente, no entanto, depois simplesmente comunicam informalmente sua desistência, passando a partir daí a colocarem tais idéias em prática como sendo iniciativa própria, entretanto, o que mais nos indigna é que tais entidades e empresas deveriam sim concentrar seus esforços para cuidarem daquilo que é de fato seu dever, a segurança veicular e segurança viária; E não ações que em nome da segurança objetivam sim vender mais e mais motocicletas, o que sem as medidas acima descritas, continuarão vitimando nossa sociedade.

É certo que diante dessa nefasta omissão, a ABRAM estará muito mais focada em denunciar os descasos e fazer cobrança de medidas efetivas voltadas à segurança veicular, segurança viária, pois é isso o que importa de fato, e não ações comerciais disfarçadas em ações e eventos paliativos de educação para o trânsito.

É claro que sabemos a importância de ações educativas afinal essa tem sido a tônica do trabalho da ABRAM ao logo dos anos, sem, contudo contar com o apoio de quem ganha absurdamente muito e investe tão pouco. Que eles façam de fato a sua parte, enquanto nós continuaremos nos dedicando a nossa missão de prestigiar, valorizar e defender o motociclista, independente da marca ou cilindrada da motocicleta.


Fiquemos atentos!


Lucas Pimentel – Presidente da ABRAM
ABRAM - Associação Brasileira de Motociclistas

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